Parece haver uma predisposição genética contra o debate político. Essa aversão aumenta quando a maioria dos pretensos debates se converte em bate bocas, tão logo um dos lados se assume de “esquerda” ou de “direita”. Basta isso para que as ideias percam totalmente a importância e a política vire futebol (ou pior, religião), com cada um defendendo o seu lado.
O
fenômeno merece análise. Mas, antes de adentrarmos tão pantanoso terreno, faz-se mister afirmar alguns elementos factuais imprescindíveis ao entendimento do
tema.
Concluído o (des)necessário preâmbulo, vamos ao que foi prometido no titulo.
SOBRE A DIREITA
1. O uso do termo para definir uma corrente política e ideológica nasceu há 225 anos, durante a Revolução Francesa.
2. Utilizou-se,
na época, o termo “direita” para se referir ao conjunto de propostas e ideias
relacionadas aos interesses de determinados grupos sociais, que se sentavam à
direita da Assembleia Nacional.
3. Ao
longo desses 225 anos, os grupos de interesse se alteraram, novas ideias
surgiram, as antigas foram abandonadas ou modificadas, mas seguem havendo grupos
que se autodenominam de “direita”.
4. Não
obstante o conceito ser impreciso e mutante, um número considerável de pessoas
reconhece certas ideias direitistas como dogmas, e os utilizam como norte para
decisões políticas e julgamentos morais.
5. Muitos
políticos, em contrapartida, fingem não saber quais são os valores da direita,
alternando sua posição ideológica de acordo com os ventos da estação.
6. Fundamentalistas
de direita deixam de concordar imediatamente com qualquer ideia que seja
rotulada como de esquerda.
7. Esses mesmos fundamentalistas de direita tem por hábito
desqualificar as ideias e propostas dos “inimigos” com base em extremismos e
associações falaciosas.
8. Caso
não possam deixar de concordar com a ideia, pela sua absoluta imperatividade ou
grande aprovação popular, dirão que na verdade ela é de direita, ainda que sua
essência seja esquerdista.
9. A
ideologia já foi e continua sendo usada para motivar a instalação de ditaduras
e a prática de atos terroristas, tortura, assassinatos, guerras e genocídios.
10. A metade direita do cérebro controla o
lado esquerdo do corpo.
SOBRE A ESQUERDA
1. O
uso do termo para definir uma corrente política e ideológica nasceu há 225
anos, durante a Revolução Francesa.
2. Utilizou-se,
na época, o termo “esquerda” para se referir ao conjunto de propostas e ideias
relacionadas aos interesses de determinados grupos sociais, que se sentavam à esquerda
da Assembleia Nacional.
3. Ao
longo desses 225 anos, os grupos de interesse se alteraram, novas ideias
surgiram, as antigas foram abandonadas ou modificadas, mas seguem havendo grupos
que se autodenominam de “esquerda”.
4. Não
obstante o conceito ser impreciso e mutante, um número considerável de pessoas
reconhece certas ideias esquerdistas como dogmas, e os utilizam como norte para
decisões políticas e julgamentos morais.
5. Muitos
políticos, em contrapartida, fingem não saber quais são os valores da esquerda,
alternando sua posição ideológica de acordo com os ventos da estação.
6. Fundamentalistas
de esquerda deixam de concordar imediatamente com qualquer ideia que seja
rotulada como de direita.
7. Esses mesmos fundamentalistas de esquerda tem por hábito
desqualificar as ideias e propostas dos “inimigos” com base em extremismos e
associações falaciosas.
8. Caso
não possam deixar de concordar com a ideia, pela sua absoluta imperatividade ou
grande aprovação popular, dirão que na verdade ela é de esquerda, ainda que sua
essência seja direitista.
9. A
ideologia já foi e continua sendo usada para motivar a instalação de ditaduras
e a prática de atos terroristas, tortura, assassinatos, guerras e genocídios.
10. A metade esquerda do cérebro controla o lado direito do corpo.
Isso
é o básico. No próximo post, poderemos avançar um pouquinho mais, e analisar os
possíveis motivos dessa polarização ideológica.
Enquanto
isso, faça o teste para descobrir de que “lado” você está, e já perceber que
existem mais de dois lados. Minhas respostas me colocaram no quadrante de Dalai
Lama e Mandela. Fiquei feliz com a companhia. Quem cair perto de Stalin ou Hitler talvez deva rever alguns conceitos.
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