Como as atribuições de pai invariavelmente se sobrepõe aos
gostos pessoais, nos últimos quatro anos quase todas as minhas (poucas) idas a
um cinema foram para assistir a desenhos animados. A atração da vez foi
“Frozen”.
Para os felizes pais e mães de crianças que já conseguem
ficar paradas e atentas à tela por mais de noventa minutos, o que no caso do
Felipe só aconteceu a partir dos três anos, é programa obrigatório. Muito
divertido para a criança, e um passatempo honesto para os adultos, a menos que
você seja um ranzinza que sempre busca o sentido na vida numa tela de cinema e
tenha aversão a desenhos animados e a roteiros fáceis.
A história segue direitinho o manual da Disney: princesas,
um herói relutante que ajuda as princesas, antagonistas caricatos, coadjuvantes
engraçadinhos, e as musiquinhas. Não aprecio muito histórias contadas por meio de
canções, e as desse filme são particularmente impregnantes (com o “bônus” extra
de que eu precisei assistir dublado), mas elas tem a importante função de
manter a atenção dos traquinas. Pelo menos, toda vez em que eu achava que o
Felipe estava a ponto de dar uma cochilada, vinha uma musiquinha e ele se
esticava todo na poltrona, só faltava sair cantando e dançando. A trama é
simples o suficiente para que uma criança consiga acompanhar, sem ser tola ao
ponto de aborrecer um adulto. Tem até umas reviravoltas, e as soluções tolinhas
do roteiro são perfeitamente aceitáveis, se considerarmos que se trata de uma
obra voltada para o público infantil e pré-adolescente.
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